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Empreendedorismo: franquias atraem público 50+

Transferência de know-how e treinamentos minimizam riscos do negócio

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Dino
11/09/2025 às 12h15
Empreendedorismo: franquias atraem público 50+
Clínica Doutor Hérnia

A população brasileira está mais madura. Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, apontam que 55 milhões de brasileiros têm mais de 50 anos – ou um quarto de toda a população. O mesmo levantamento indicou que houve uma mudança do padrão etário da população no Brasil, quando comparado com as décadas anteriores, caracterizado pelo aumento da proporção de pessoas idosas e pela queda do número de pessoas jovens. E, com a expectativa de vida estimada em 76,4 anos, entende-se por que as pessoas empreendem em diversas fases da vida – e isso inclui a maturidade. Pesquisa da Associação Brasileira de Franchising (ABF) indicou que 15% das pessoas que procuram por franquia têm perfil investidor e estão na faixa etária de 40 a 55 anos.

O empreendedorismo na maturidade é, inclusive, um dos planos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) há alguns anos. Especialmente em 2025, a entidade está realizando eventos em todo o Brasil para capacitar pessoas interessadas em empreender que tenham 50 anos ou mais: as iniciativas Sebrae Sênior e Visão 50+ levam conteúdo gratuito para empreendedores que ainda não têm seu negócio próprio ou que já estão operando, mas que precisam de apoio para melhor gestão.

Quem também não tem experiência e procura empreender com mais suporte tem nas franquias uma forma de empreender. A Lei 13.966/19, que rege o sistema de franchising no Brasil, determina, em seu artigo 1º, que o franqueador autorize o franqueado a utilizar sua marca sempre associada à transferência de know-how. Ao ensinar o franqueado a operar o negócio, o franqueador transmite sua experiência a ele, minimizando erros na gestão. “O candidato que adquire uma franquia quer justamente pular a etapa do erro, dos testes que o franqueador já realizou”, diz Thais Kurita, advogada especializada em franchising, sócia do Novoa Prado Maciel Pinheiro Advogados - NPMP Advogados.

No desejo de contar com essa experiência, a profissional de vendas Sueli Mello, de 54 anos, procurou uma feira de franquias em São Paulo, em 2024. No evento, ela conheceu a Lebriju, uma rede de lojas e quiosques de acessórios de moda. “Eu me identifiquei com a marca e com o segmento, minha família me motivou e compramos um quiosque, que já era operado pela franqueadora num shopping da capital paulista”, conta.

Sueli conta que empreendeu por necessidade – e não por um simples capricho. Ela trabalhou por muitos anos em empresas conhecidas, trilhando carreira executiva. Seu único filho, porém, demandou cuidados familiares e ela precisou pausar a carreira para se dedicar à criança. “Foram dez anos longe do mercado de trabalho”, relembra.

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Com o filho crescido, chegou a hora de voltar. “A renda que eu gerava faz falta à família e trabalhar sempre fez parte dos meus planos. Mas estou com mais de 50 anos e o mercado não me recebeu exatamente de braços abertos”, conta a profissional.

A franquia, então, surgiu como uma possibilidade. A franqueada recebeu todo o treinamento para operar a franquia e conta com o suporte da marca, que tem uma consultoria de negócios para acompanhar sua gestão, além de curadoria de moda, que fornece os itens necessários para serem comercializados no quiosque.

Novos objetivos ao empreender na maturidade

A fisioterapeuta Cássia de Castro, 58 anos, também mudou os rumos de sua vida diversas vezes. Nascida em Promissão, município do interior de São Paulo, ela se mudou para a capital logo após terminar a faculdade e desenvolveu carreira como fisioterapeuta hospitalar. Depois de 22 anos, seu esposo foi transferido de emprego, para Curitiba (PR). “Isso aconteceu em 2012 e reconstruí minha carreira na nova capital, na mesma área”, conta a profissional.

Numa imersão para profissionais de sua área, em 2022, ela conheceu André Pêgas, também fisioterapeuta, que ministrou algumas palestras. “O André apresentou uma metodologia de tratamento de hérnia de disco que me encantou. Descobri que ele tinha uma rede de clínicas, a Doutor Hérnia, e franqueava sua marca”, relembra.

Cássia conta que nunca se imaginou empreendendo, mas que seu marido sempre quis um negócio próprio e eles já haviam conversado sobre o assunto. Em um mês, veio a nova mudança: ela se tornou franqueada da Doutor Hérnia em Araucária, município da região metropolitana de Curitiba, aos 55 anos de idade.

Em 2023, ela abriu a segunda unidade franqueada, em Curitiba. E, no ano seguinte, mais duas: Paranaguá, também no Paraná, e Taubaté, no interior de São Paulo.

A franqueada explica que quem pensa que basta ser fisioterapeuta para ter uma clínica de fisioterapia está enganado. “A gestão é o ponto alto do negócio e precisa de dedicação e aprendizado contínuo”. Por isso, ela não para de estudar e se envolver em grupos que contribuam com seu desenvolvimento como líder.

A empreendedora diz que não pensa em se aposentar. “Com meu negócio próprio, tenho mais flexibilidade com horários e finais de semana”, finaliza.

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