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Inverno nos Andes desafia logística entre países do Mercosul

Fechamentos frequentes no Paso Los Libertadores durante o período impactam prazos e exigem planos de contingência das empresas de transporte intern...

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Dino
04/09/2025 às 20h35
Inverno nos Andes desafia logística entre países do Mercosul
Imagem de wirestock no Freepik

Durante os meses de inverno no Chile, entre junho e setembro, as empresas de logística que operam nos países do Mercosul enfrentam um dos maiores desafios da rota terrestre internacional: a travessia pela Cordilheira dos Andes, em especial pelo Paso Los Libertadores.

Durante o período, as condições climáticas adversas, como neve intensa, formação de gelo e risco de avalanches, provocam o fechamento frequente da passagem, impactando diretamente as operações de transporte e os prazos de entrega. Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, as exportações do Brasil ao Mercosul alcançaram US$ 20,2 bilhões em 2024, representando 41,6% do comércio intrazona. O volume expressivo de mercadorias circulando entre os países do bloco reforça a importância da rota andina para o escoamento de produtos e insumos, especialmente entre Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.

"Esses bloqueios variam de algumas horas até cinco dias consecutivos, o que exige das operações um planejamento com rotas alternativas, monitoramento constante e previsão de custos extras de armazenagem e seguro", conta. Os impactos diretos das interdições, segundo ela, podem incluir atrasos significativos nas entregas, aumento dos custos operacionais e risco de ruptura de estoques no destino. "Durante o inverno, a confiabilidade da cadeia de suprimentos é colocada à prova. Os custos com armazenagem, diárias de motoristas e seguros aumentam, e é justamente nesses momentos que o planejamento estratégico faz a diferença", afirma.

"Antecipar embarques, monitorar as condições climáticas e aduaneiras em tempo real e estruturar rotas alternativas para reduzir impactos e garantir que a operação mantenha o ritmo, mesmo em períodos críticos, é crucial para mitigar os efeitos das interdições", acrescenta a executiva.

Planos de contingência Para lidar com esse cenário, empresas como a Transmaas mantêm planos de contingência específicos para o período de inverno. Esses planos incluem ações de armazenagem temporária e comunicação imediata com os clientes sobre prazos e custos. "Tudo é apoiado por rastreamento via GPS, acompanhamento constante, equipe experiente no monitoramento de embarques e ampla apólice de seguro internacional para qualquer intempérie, buscando garantir segurança e previsibilidade frente a situações adversas", destaca a diretora. A preparação para o inverno também envolve cuidados técnicos com os veículos. De acordo com Maas, antes do início da temporada é importante que as empresas realizem manutenções preventivas nos caminhões, como checagem do sistema de freios, instalação de pneus adequados para neve, verificação do sistema de aquecimento, bateria e fluidos anticongelantes.

"O sistema elétrico e de iluminação também deve ser revisado, pois é essencial para garantir segurança em situações de baixa visibilidade. Essas medidas reduzem riscos de pane em regiões de altitude e asseguram maior confiabilidade das operações logísticas durante o inverno nos Andes", ressalta.

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Durante emergências na Cordilheira, a comunicação entre autoridades chilenas, argentinas, brasileiras e uruguaias é feita por meio de boletins oficiais integrados emitidos pelo Sistema Integrado Cristo Redentor, da Gendarmeria Nacional da Argentina e pelas autoridades chilenas de fronteira.

No Brasil, a Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI) atua como suporte essencial, centralizando informações e repassando atualizações às transportadoras. A entidade também intermedia demandas do setor junto às autoridades, contribuindo para maior previsibilidade nas operações. A executiva explica ainda que os motoristas que atuam nas rotas internacionais recebem treinamentos específicos para enfrentar condições adversas. As capacitações, segundo ela, incluem técnicas de direção defensiva em neve e gelo, uso correto de correntes nos pneus, manutenção de distância segura em estradas escorregadias e procedimentos em caso de neblina ou nevasca.

"Eles também recebem instruções sobre primeiros socorros, comunicação via rádio e aplicativos oficiais e boas práticas de descanso e alimentação em altitude, garantindo maior segurança pessoal e confiabilidade no transporte durante o inverno", completa.

Para decisões em tempo real, Maas reforça que as empresas precisam considerar dados meteorológicos como intensidade e previsão de neve, formação de gelo, visibilidade, temperatura e risco de avalanches.

"Informações logísticas, como tempo de espera nas aduanas, status de abertura do Paso Los Libertadores, fluxo de caminhões e condições das estradas também precisam ser analisadas. Esses dados são cruzados com o rastreamento via GPS da frota, permitindo ajustes imediatos de rota, programação de armazenagem ou replanejamento de prazos com os clientes", conclui a diretora executiva da Transmaas Logística Internacional.

Para saber mais, basta acessar: http://www.transmaas.com.br

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