A mecanização no campo é uma das principais metas da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF). Além da entrega de tratores, o curso de mecanização agrícola é uma das iniciativas voltadas ao aprimoramento do uso desses equipamentos. A SAF tem promovido aulas teóricas e práticas para diversas associações e entidades beneficiadas, com o objetivo de integrar tecnologia à agricultura e, assim, reduzir a jornada de trabalho dos agricultores familiares.
O curso é dividido em dois módulos — teórico e prático — e ensina os participantes a operar os tratores, realizar a troca de óleo e acoplar implementos como o kit de irrigação. As aulas contam com o apoio de profissionais da assistência social e de um engenheiro agrônomo, responsável por orientar os agricultores quanto ao corte do solo, profundidade adequada e tipos de aplicação.
O instrutor do curso e servidor da SAF, Amadeu Carvalho, destaca a importância da mecanização para os pequenos produtores. “Muitos agricultores ainda enfrentam uma rotina de trabalho pesada, cultivando de um a dois hectares com ferramentas manuais. A chegada do trator permite que um serviço que, antes levava uma semana, seja realizado em um único dia. Isso reduz custos, já que, com o equipamento disponível na associação, o único gasto será com o óleo. A ideia é alinhar os agricultores com a mecanização, proporcionando mais tempo e qualidade de vida no campo”, explicou.
Entre as entidades contempladas com um trator de 50 cv está a Associação 29 de Abril, localizada no município de Cabeceiras do Piauí. Um dos agricultores capacitados, Antônio Dias Macedo, relata os benefícios do novo equipamento: “Com o trator, tudo muda. Não vamos mais precisar da enxada, chibanca ou machado. O trator facilita até a retirada de tocos do solo. Era exatamente isso que precisávamos”, afirmou.
Curso também para mulheres do campo
O curso teve início em outubro de 2024 e está previsto para ser concluído na próxima semana. Neste mesmo período, também estão sendo realizadas turmas voltadas exclusivamente para o público feminino, atendendo de 15 a 20 mulheres — entre agricultoras, filhas de agricultoras e entusiastas — que não participaram da primeira edição. A iniciativa busca mostrar que a mulher do campo pode operar máquinas agrícolas com total capacidade e segurança, promovendo autonomia e inclusão na mecanização rural.